Vice presidente Grupo Espírita Alan Kardec Bacharel em Ciências Contábeis e Coordenador Comercial na empresa Zaffari.

A Pretensão da Verdade

A pretensão da verdade sempre foi almejada pelas religiões e seitas ao longo dos tempos. Uma vez possuindo-a, sobressaio sobre as demais e sobreponho a ‘minha verdade’.
Como pode-se crer que seja possível deter uma verdade absoluta quando se observa constantemente a evolução do conhecimento a cada dia mais?
Acreditar que minha fé é melhor que a fé do outro é o mesmo que crer que si próprio é superior ao outro, ou mesmo ainda, alimentar que suas verdades são únicas.
O Mestre Jesus sintetiza toda a Lei e os profetas quando diz que devemos “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Com este ensinamento, convida-nos a sermos caridosos, amando-nos uns aos outros, até mesmo aos inimigos.
Ter uma fé cega ou crer que o único caminho para a felicidade é o caminho que eu estou seguindo, é uma pretensão por demais arriscada, pois eu já deveria ter percorrido todos os demais caminhos para saber! Além do que, o que mais importa: falar do que sei ou agir conforme Jesus nos ensinou e exemplificou?
Muita paz a todos.

Data de publicação: 25/07/2023

Brilhe Vossa Luz

Corações em os mais variados campos de atuação, sempre encontram oportunidades de auxiliar quando querem. No entanto, não poucas vezes, somos confrontados por nós mesmos nas mais diversas desculpas que, quase sempre, são adiamentos para o nosso próprio progresso.
A água é eficiente substância para apagar o fogo. A luz, eminente energia radiante contra a escuridão. O pão, poderoso recurso para aplacar a fome.
A natureza, em tudo está nos ensinando.
Frente às nossas injustificadas indisposições, pensemos naquele que nos aguarda o amparo. Àquele que um dia, quem sabe, desertemos e que agora se nos apresenta de diversas formas: pai, filho, amigo, inimigo, irmão, chefe, subordinado, insubordinado ou qualquer outro papel na peça da vida humana.
Sejamos um instrumento útil ao Senhor, onde estivermos.
Sempre encontraremos uma forma de ajudar, se assim nos dispusermos a este propósito, com convicção. Disse-nos Jesus: “Brilhe a vossa luz”.

Data de publicação: 19/05/2023

Numa ocasião, disse-nos o Senhor: “Segue-me!”.
Ao ouvir semelhante convite, somos chamados a caminhar com Ele, ou protelar o convite.
Em outro momento, afirma-nos: “Ninguém pode servir a Deus e a Mamom”.
No mundo quotidiano, nos deparamos com as mais diversas situações, das mais simples, às mais complexas. Algumas, oportunizam o crescimento da criatura; outras, não poucas vezes, sob a túnica da ilusão e da fascinação, de forma sucinta e perspicaz, nos encaminha para a dor e o sofrimento.
Frente a tantos desafios da vida, podemos contar com um roteiro seguro que nos orienta no caminho da felicidade futura, que é o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. No entanto, para que haja a real mudança almejada, necessário se faz que nos conheçamos e aceitemos em nós aquilo que precisa ser mudado: uma má tendência, uma viciação (não só os relacionados às drogas, mas os de toda ordem) ou qualquer que seja a situação que não nos seja salutar.
Para isso, Jesus no traz Seu Evangelho de amor, ensinando-nos a “amar a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a si mesmo”. Com isso, nos deparamos entre os valores materiais fugidios, e as virtudes imperecíveis do espírito.
Façamos nossa escolha! Abraço fraterno.

Data de publicação: 20/03/2023

Livre-Arbítrio

“Uma vez que tem a liberdade de pensar, tem a de agir. Sem o livre-arbítrio o homem seria
como uma máquina”, nos esclarecem os imortais em resposta à pergunta de número 843 de O
Livro dos Espíritos.
Em um mundo, ainda de provas e expiações, onde o orgulho e o egoísmo parecem estar
reinando triunfalmente, podemos nos perguntar se realmente temos liberdade.
Nestes momentos decisivos para a humanidade, os apelos do mundo invadem nossa casa,
nosso trabalho, nossa vida. Encontramos desalinhos de toda ordem, em toda parte. Talvez
tenhamos a impressão que não há saída para tamanhas desigualdades e conflitos. No entanto,
a decisão é nossa.
Quando voltamos nosso pensamento aos mártires do passado, em que, frente ao ideal
renovador, entregaram-se cantando nos circos inclementes, quando poderiam ali não estar,
bastando para isso, apenas renegar a sua fé, mas não! Avançar é imperioso, haja vista, que
uma vez conhecendo a Luz, não mais escolhemos as trevas.
Pode parecer estranho dizer que a escolha é nossa, mas, de fato é. Colhemos hoje, o que
plantamos ontem e, colheremos amanhã, o que plantamos hoje.
O Divino Mestre de Amor, Nosso Senhor Jesus Cristo, sendo o espírito mais elevado que
conhecemos, não desdenhou vir pessoalmente, quando poderia incumbir espíritos nobres
para este encargo, trazendo sua mensagem de amor, vivenciando-a conosco.
A Lei Divina está escrita em nossa consciência. Não dispomos mais de desculpas que possam
justificar nossa conduta. A tecnologia e a ciência avançam vertiginosamente, nos permitindo,
em um piscar de olhos, navegar e conhecer o mundo inteiro.
Os convites do mundo são muitos. Alguns bons, outros, entretanto, caminhos largos que
parecem adequados e fáceis de trilhar. No entanto, são caminhos que nos levarão de encontro
ao juiz rigoroso, que é a nossa própria consciência.
A pretexto de modismos e uma falsa liberdade em fazer o que se quer, importante se observe
que nada escapa à Lei de justiça e amor.
Somos o resultado de nossas decisões. Não somos um corpo que possui um espírito; somos
um espírito vinculado à um corpo físico, instrumento de aprendizado que teremos de devolver
após um período de estadia na escola-hospital em que vivemos hoje.
Responderemos por tudo que tenhamos feito: pelo mal cometido, mas, também, pelo bem
que estava ao nosso alcance, e não o fizemos.
O amor de Jesus permanece conosco. Cada dia é uma oportunidade para a nossa evolução. Se
erramos ontem, sem culpa, nos reajustemos hoje e prossigamos nossa caminhada. Hoje, sem
dúvida, é a melhor oportunidade que temos de progredir. Caminhemos com fé.

Data de publicação: 22/09/2022

Espiritismo

Doutrina libertadora de consciências¹.
Traz como bandeira o consolo aos corações sofredores e o “melhoramento moral da humanidade”².
Importante, no entanto, destacar que espiritismo não deve ser confundido com espiritualismo. Todo espírita é espiritualista, mas nem todo espiritualista, necessariamente, seja espírita.
O espiritismo, fora assim designado pelo insigne educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido pelo pseudônimo de Allan Kardec, por faltar um termo que melhor designasse aqueles que acreditavam nos espíritos, uma vez que espiritualista é todo aquele “que acredite haver em si alguma coisa mais do que matéria”³, mas não, necessariamente, creia na existência dos espíritos, este ser inteligente do Universo.
Na ocasião em que o Grande arquiteto da Terra, espírito mais evoluído que conhecemos, esteve entre nós encarnado, nos trouxe o Seu Evangelho de amor: uma estrada segura para que encontrássemos a felicidade futura. Porém, haja vista, que não tínhamos as condições necessárias para entender tudo o que o Mestre tinha a nos ensinar, Ele nos falou por parábolas, histórias que encenavam grandes ensinamentos com fatos do dia a dia.
Mais tarde, observando os apóstolos a forma como o Cristo ensinava, Ele explica o porquê do uso das parábolas e alerta que depois dele, haveria outro consolador, que reviveria seus ensinamentos, ratificando-os e traria outros mais.
Assim, realizando a promessa do Cristo, a Doutrina dos Espíritos decodifica Seus ensinamentos, agora sem mais a necessidade de alegorias, descortinando o véu propositadamente deixado.
O espiritismo, de natureza tríplice: filosofia, ciência e religião, é para a humanidade o Consolador Prometido: O Cristo em nossos corações.

¹ XAVIER, Francisco Cândido. Roteiro. Pelo Espírito Emmanuel. 10. ed. Rio de Janeiro: FEB, 1998. Cap. 38 (Missão do Espiritismo), p. 159.
² KARDEC, Allan. O Livro dos Médiuns. Trad. Guillon Ribeiro. Ed. 71. Brasília: FEB, 2.003. Segunda Parte, Cap. XXVII, it. 303, p. 476.
³ KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Trad. Guillon Ribeiro. Ed. 93. Brasília: FEB, 2.013. Introdução ao Estudo da Doutrina Espírita, p. 13.

Data de publicação: 15/09/2021